30 de mai. de 2010

José Carlos Sá antes da redação

A responsabilidade chegou cedo para José Carlos de Sá Junior. Aos 14 anos o menino nascido em Teófilo Otoni (Norte de Minas Gerais) começou a trabalhar. Saía cedo de casa rumo aos Correios e de lá, carregando uma pesada bolsa, andava o dia inteiro entregando correspondências. À noite ia para a escola. “Eu fico cansado só de pensar nesta época”, diz.

A rotina corrida e cansativa se estendeu por muitos anos, mesmo após o fim da carreira de carteiro e o término da escola. Após sair dos Correios, aos 19 anos, foi para a Aeronáutica onde ficou até os 22. Nesta época já estava cursando Comunicação Social e por não concordar ideologicamente com o que ouvia na faculdade de noite e na Base Aérea de dia, optou por pedir baixa. “Estava parecendo um robô. Vi que não fazia sentido continuar”, lembra.
Depois de sair da Aeronáutica, José Carlos foi trabalhar na Rede Ferroviária – onde avós, pais e irmão trabalhavam. Era datilógrafo e ao chegar no último ano da faculdade pediu para ser transferido para o departamento de Comunicação da empresa, mas o chefe não aceitou. Ele disse que não podia perder um datilógrafo, então pedi demissão”. E saiu em busca do queria, trabalhar na área em que estava se formando.

José Carlos (direita), aos 19 anos, na Base Aérea de Belo Horizonte (MG), ao lado do colega Antônio Tinoco
Acima, em Teófilo Otoni (MG), aos 6 anos, "com o amigo Jaime, que me ensinou a ler"

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